Lo Bueno de
Llorar (O bom de chorar) é um filme de Matias Bize, produzido na Espanha, e que segue
uma linha que guarda algumas semelhanças com sua produção anterior. Apesar de bem menos premiado e
conhecido (especialmente aqui no Brasil e no Chile) do que os badalados En La Cama e o recente La Vida de
Los Peces, a produção teve exibições em alguns festivais incluindo o Festival
do Rio.
Em uma escura,
fria e úmida Barcelona, um casal (interpretados por dois atores espanhóis: Vicenta
Ndongo e Alex Brendemühl) estão em vias de término de um longo relacionamento.
Do restaurante, eles seguem pelas ruas, lembrando do passado, sentindo a
angustia do presente e silenciando sobre um futuro incerto.
Todo o filme
passa-se durante uma noite. Apesar de haver outros protagonistas secundários e
figurantes (em espaço físico muito maior do que no quarto de motel do En La
Cama) Bize escolheu novamente um evento de curta duração para abordar de
maneira profunda uma outra face das relações de gênero. Contudo, a atmosfera de
Lo Bueno de Llorar é completamente distinta do filme anterior, pois o silencio,
os olhares e atitudes dominam todo o filme, promovendo uma angustia que
acompanha a todo o tempo o expectador.
Muitos
acreditam que Lo Bueno de Llorar foi uma reação ao seu filme anterior,
resultando numa completa antítese, até mesmo em termos de qualidade. Se o expectador for com idéia de encontrar uma produção tão boa quanto a
anterior, ou melhor, vai se decepcionar. Os diálogos são escassos o que torna o
filme mais difícil, especialmente para quem não é acostumado. Os pontos
positivos ficam para a trilha sonora que, ao meu ver, amarra perfeitamente o expectador
à atmosfera dos acontecimentos e para a metáfora da ultima cena do filme. . .
Nota 7,0
Nenhum comentário:
Postar um comentário